Seis e quarenta e cinco estava ele, mais uma vez, fazendo
seus exercícios matinais, se apoiando em duas barras de ferro, mexendo ora suas
pernas, ora seus braços de uma forma incansável. Imagino que não só eu, mas
também qualquer jovem que ali passasse sentiria inveja de sua disposição e
persistência, beirando seus 80 anos.
O lugar onde esse ser habita pelas manhãs é a Praça das
Mangueiras. Famosa por suas lindas árvores carregadas de lembranças e de suas
mangas suculentas, pedindo atenção de seus visitantes.
Esses visitantes, em sua maioria, se dirigem àquele local
para fazer suas caminhadas matinais e noturnas, enquanto o tempo ainda está
fresco e agradável para darem várias voltas ao redor da praça, em busca de uma
vida saudável e, é claro, que com aquele velhinho não é diferente.
Tenho total gratidão por ele, pois logo pela manhã, irritada
por aquela rotina tão banal de sempre, ele, sem ao menos perceber, me traz um
ar de humor com todos aqueles exercícios um tanto quanto “bizarros”.
Não posso deixar de falar também, que admiro o convívio
entre o homem e a praça. Classifico como gentil e suave, a praça com todos os
seus encantos não precisava daquela presença, mas, optou em acolhê-lo e deixa-lo
ter seu lugar ao lado dela.
Bruna Laís P. da Silva (9ºD)
Profª Cristiane Villanueva
Profª Cristiane Villanueva
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