sábado, 23 de agosto de 2014

2) Histórias de uma praça



Seis e quarenta e cinco estava ele, mais uma vez, fazendo seus exercícios matinais, se apoiando em duas barras de ferro, mexendo ora suas pernas, ora seus braços de uma forma incansável. Imagino que não só eu, mas também qualquer jovem que ali passasse sentiria inveja de sua disposição e persistência, beirando seus 80 anos.

O lugar onde esse ser habita pelas manhãs é a Praça das Mangueiras. Famosa por suas lindas árvores carregadas de lembranças e de suas mangas suculentas, pedindo atenção de seus visitantes.

Esses visitantes, em sua maioria, se dirigem àquele local para fazer suas caminhadas matinais e noturnas, enquanto o tempo ainda está fresco e agradável para darem várias voltas ao redor da praça, em busca de uma vida saudável e, é claro, que com aquele velhinho não é diferente.

Tenho total gratidão por ele, pois logo pela manhã, irritada por aquela rotina tão banal de sempre, ele, sem ao menos perceber, me traz um ar de humor com todos aqueles exercícios um tanto quanto “bizarros”.


Não posso deixar de falar também, que admiro o convívio entre o homem e a praça. Classifico como gentil e suave, a praça com todos os seus encantos não precisava daquela presença, mas, optou em acolhê-lo e deixa-lo ter seu lugar ao lado dela.

Bruna Laís P. da Silva (9ºD)
Profª Cristiane Villanueva

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