Moro em Tatuí, onde a vida é pacata e até agradável. Digo agradável
apenas por educação (o que realmente passa por minha cabeça é diferente).
Minha cidade é desprovida de tudo quanto há. Se quero um
estudo de qualidade, lá vou eu para uma cidade vizinha; se preciso de dinheiro,
cavo o chão à procura de outro, já que os bancos estão em petição de miséria.
Um dia, precisei de médico, mas até mesmo a doença resolveu
curar-se de livre e espontânea vontade, pois não aguentou esperar pela boa
vontade do serviço hospitalar.
Mesmo sendo uma cidade do interior de São Paulo, ela deveria
ter um pouco mais de infraestrutura. Até mesmo as casas não são do agrado de
ninguém. Culpo a prefeitura.
Se, por acaso, pensar em me formar, terei que ir para fora também.
Faculdade é um item que falta até no dicionário.
Gostaria de trabalhar como escritora, mas os cursos
oferecidos pela minha cidade não se encaixam nos requisitos mínimos.
No final, não tempos ensinos qualificados, hospitais com
bons atendimentos; se você pensa que apesar de tudo é um local divertido,
desculpe estregar a festa, mas nem mesmo uma área de lazer temos. Afinal, isso
é uma cidade ou um buraco?
Portanto, posso concluir, e você também, que o local onde eu
vivo é horrível e que contrasta muito com o “agradável” que coloquei no início,
mas por alguma razão estranha e sem nenhum nexo, nutro uma relação de afeto por
minha cidade.
Morro de vontade de sair dela, mas sentiria saudade se o
fizesse!
Juliana Cardoso Soares (9C)
Profª Cristiane Villanueva
Profª Cristiane Villanueva
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