terça-feira, 26 de agosto de 2014

12) Marcha para a cidade

O desfile começou às 10 horas da manhã, com crianças, idosos, policiais e bombeiros marchando em uma avenida que parece não ter fim, para homenagear o aniversário da cidade de Tatuí.

Fiquei espantado com o esforço de todos que estava desfilando, principalmente com o pessoal da escola APAE. Eles estavam na frente, tocando tambores e triângulos com um batuque que contagiava e deixava todos que estavam assistindo felizes e maravilhados.

Uma das escolas selecionou as meninas para representar as doceiras de mãos cheias de Tatuí. Os policiais marchando com seus enormes cachorros e os carros novos. Logo atrás vinham os bombeiros passando com aqueles caminhões cheios de válvulas e mangueiras.

Depois de todo esse espetáculo, que crianças e adultos fizeram, a primeira parte do desfile tinha acabado e os pais foram se encontrar com seus pequenos filhos que tinham dado um grande show.


Lucas Fernando Magalhães / Lucas Thomaz de Oliveira (9B)
Profª Cristiane Villanueva

11) Pequeno gesto


O sol acordava a cidade, os comércios começavam a abrir e logo a rua XI de Agosto estava movimentada (movimentada para a pequena cidade de Tatuí).

Essa rua é muito conhecida, porque Onze de Agosto não é uma data qualquer (não para os que nasceram nessa cidade). Mas vejo pessoas jogando lixo nessa importante rua que levou o nome da data em que a cidade nasceu. Jogando aqueles objetos, quase em um gesto automático, as pessoas fazem do ato de poluir as visas, um gesto comum.

O pior é que já vi crianças, futuros cidadãos, repetindo esse “lindo” exemplo dos pais, cidadãos que não tiveram a mínima preocupação em caminha até uma lixeira para deixar ali o que jogam nas ruas.

Quando será que os cidadãos irão se habituar a jogar o lixo no lixo? Devem existir pessoas que acham isso legal, porque muitos repetem. O único jeito de acabar com isso é o mais simples e que serve para a maioria dos problemas: “cada um fazer a sua parte”.


Como diria o gari Sorriso: “Tem gente que diz que joga lixo no chão para garantir o emprego do gari, mas morrer para dar trabalho para o coveiro ninguém quer!”.

Lucas Eduardo (9B)
Profª Cristiane Villanueva

10) A grande festa de Tatuí


Hoje acordei com festa na minha cidade. Tatuí está completando 188 anos de história, de tradição, com alegria. As pessoas acordam cedo nesse dia, a fim de garantirem um bom lugar para assistir ao desfile da rua XI de Agosto.

Mas, por sorte, encontrei alguns amigos e começamos a assistir ao grande desfile em tradição da nossa cidade. E o famoso Cordão dos Bichos abriu a festa de Tatuí com muita alegria e animação.

Para as crianças, o Cordão do Bichos é mais divertido, porque os participantes desfilam brincando com a plateia, especialmente com as crianças. Logo depois, nossos policiais desfilaram com os cães e alguns também com carros e motos para garantir a segurança de todos presentes no local.

Logo em seguida, todas as crianças e jovens de todas as idades começaram a desfilar com muita alegria na rua principal para comemorar o aniversário de Tatuí. As crianças estavam felizes por desfilar para o público e mostrar seu amor pela cidade em que vivemos.


Depois foi a vez dos alunos começarem a desfilar com troféus, medalhas, mostrando ao público o que já ganharam por Tatuí. As pessoas estavam super felizes por Tatuí estar com mais um ano de história. Não podemos esquecer das barracas de salgados deliciosos que estavam vendendo lá. Mas a nossa festa não acaba por aqui. Mais tarde vamos receber um cantor mirim famoso para animar ainda mais o nosso dia.

João Vitor Domingues
Caroline de Fátima Proença
Profª Cristiane Villanueva

9) O anoitecer dos nossos sonhos



Todos os dias acordo às 6 horas da manhã para ir à escola. Na saída, passo por uma rua apertada e pequena, ao lado do cemitério.

Espio o cemitério e vejo túmulos de pessoas que deve ter se dado o máximo possível para ajudar os outros. Bem, eu não vejo o cemitério como um lugar onde parentes, amigos e conhecidos são enterrados apenas para que possam ser visitados.

Para mim, o cemitério é um lugar onde os sonhos profissionais, materiais e outros, se acabam. Ninguém tem certeza se isto acontecerá: voltar a viver mas em outro corpo como um animal ou pessoa, ou seria o descanso eterno onde o ser não poderá voltar à vida?

Eu falo para muitas pessoas: aproveite o máximo possível com seus pais, avós e parentes, porque um dia eles podem estar ali, no cemitério.


Vejo anjos e outras esculturas nos túmulos e penso um pouco sobre a nossa realidade, pessoas se suicidando, matando, espancando e me pergunto no que isso vai levar e até quando?

Lucas Patrick R. Martins (9D)
Profª Cristiane Villanueva

sábado, 23 de agosto de 2014

8) A praça de encontros



Mais uma vez lá estavam todos os meus amigos, reunidos na Onze de Agosto, comemorando com Tatuí seus 188 anos de vida. Na hora em que cheguei, nem acreditei que estava calor, pois para o dia 11 de agosto sempre é previsto o frio. Os meus amigos eu já imaginava encontrar, pois a praça da Matriz é o ponto de encontro em sábados, feriados e em tardes de tédio.

Cada detalhe daquela praça é notado. Pessoas por todos os lados, comprando, conversando, vendendo, namorando e também se encontrando pela primeira vez. A praça da Matriz é localizada como o coração da cidade, ponto turístico que todos conhecem e que, pelo menos uma vez por semana, são obrigados a passar por lá.

Em dias de feriado, como o carnaval e o esperado 11 de agosto, as pessoas são acostumadas a se reunir para assistir ao desfile das escolas, prestigiando a nossa cidade. Ao terminar o desfile, alguns vão embora, porém, a maioria dos adolescentes fica na praça, alguns sentados na sorveteria, outros no coreto, uns nos bancos e outros em lanchonetes, só observando o movimento e cada mero detalhe de cada ser que se encontra naquela praça... pessoas comentando sobre o desfile e fotografando o momento com os amigos.

O pior de tudo é ter que ir embora sem comer a pipoca doce com leite condensado, do pipoqueiro que sempre fica ao lado da Sorveteria Palácio. Toda vez que eu vou à praça, em compro... o mais legal é que ele sempre capricha no leite condensado.

Conforme o tempo vai passando, as pessoas vão embora e a praça vai ficando cada vez mais vazia. Logo minha mãe liga, dizendo que eu tenho que ir embora. Com dor no coração, por deixar os amigos, mas vou. Manda quem pode e obedece quem tem juízo, né?

Juliana Galvão Machado Oliveira (9C)
Profª Cristiane Villanueva



7) A Praça Ayrton Senna




A praça Ayrton Senna é um lugar onde as pessoas expressam seus sentimentos, fazem exercícios, jogam futebol, tênis e até tiram um tempo para descansar de suas atividades diárias.

O momento para refletir na praça é ao anoitecer quando o vento bate nas árvores e as folhas caem, como lágrimas de uma pessoa aborrecida.

Um dia, o sol estava sorrindo para a cidade, e lá estava uma mulher de cabelos cacheados, usando um vestido longo, com uma maquiagem clara, apropriada para o dia. Ela estava triste, soltando lágrimas para todos os lados, assim como uma nuvem faz quando deixa suas gotas d’água caírem pela cidade toda. Estava assim porque havia perdido seu filho. Chorava, pois ela era responsável por ele.

Quando isso aconteceu, ninguém foi ajudá-la, nem ao mesmo consolá-la, todos estavam preocupados com seus afazeres. Infelizmente não vi o fim dessa história, mas fiquei torcendo por ela.

Todos nós temos pontos de vista diferentes sobre a praça, mas todos eles são verdadeiros, pois se trata de um lugar alegre, com bancos, campos de futebol, quadras de tênis e árvores belas – que parecem estar sorrindo e, às vezes, chorando.

Enfim, nós tatuianos amamos passear por lá.

Jeniffer Caroline Schock Nunes (9C)
Profª Cristiane Villanueva


6) Os Músicos



Os músicos que não se mexem, tocam sem som, não piscam e nem comem, não andam e nem falam. Até passarinhos ficam em cima deles. Que absurdo!

Eles sempre ficam na praça, nunca saem de lá. Sempre que quiser encontrá-los é só ir à praça. Pessoas passam por lá e ficam comentando sobre eles. Param para vê-los, colocam as mãos sobre eles com delicadeza e respeito. Eles são esplêndidos!

O Museu Paulo Setúbal fica na praça onde os músicos ficam. Os músicos chegaram lá quando o museu já estava. Os músicos são seresteiros, isso é incrível. Não seu, mas acho que eles foram para o céu.

Entre os músicos, belas árvores com flores, deixando o ambiente agradável e, ao mesmo tempo, confortável. Algumas flores de ipê roxo sobre o chão. Em volta do museu, árvores com bancos para sentar. Na esquina da praça, uma banquinha de jornal e acessórios. Completamente incrível.

Eu poderia sentar nesses bancos, olhar os músicos, ver as árvores com suas belas flores. Mas passo por lá como um relâmpago. Já passei por lá mil vezes, mas nunca tive o prazer e a sensibilidade de dedicar um milésimo do meu tempo para ficar naquele lugar encantador. Como o azul do céu!


As belas estátuas dos belos músicos que não se mexem, e tocam sem som, não piscam e nem falam. Mas mesmo assim, não deixam de chamar a atenção de todos que passam por ali.

Mayara Lino (9C)
Profª Cristiane Villanueva

5) Vale da Lua



Quando você ouve o nome “Vale da Lua”, imagina um lindo campo com flores perfumadas, como violetas e gardênias. Animais como coelhinhos fofos, esquilos e gatinhos inofensivos, como leões, gueopardos e talvez onças. Com noites belas, estreladas e com cheiro de floresta, com uma lua cheia enorme e brilhante como a prata.

Adoraria que fosse desse jeito, mas não é desse vale que estou falando.

O Vale da Lua fica em um lugar calmo, não muito movimentado, aos arredores de cerâmicas, com um silêncio profundo nas manhãs escuras e frias. Vejo trabalhadores cansados e esforçados. Subindo e descendo com suas bicicletas, com quase a mesma idade de seu dono.

Falando em Tatuí, ou melhor, do Vale da Lua, lembrei de um fato ocorrido em um momento nada oportuno, mas um fato com toque de humor.

Eu já estava a ponto de perder o ônibus, apressada, fui pelo terreno barroso e escorregadio, manhã fria e pálida. De uma forma veloz, caminhei até o portão de madeira improvisado, e percebi que o havia trancado por engano.

Entrei rapidamente para procurar a chave em meio a um labirinto de móveis e objetos. Como a ampulheta do tempo havia se esgotado, resolvi pular o muro. Minha cadela de estimação, a Elizabette, resolveu pular em mim na metade do caminho até o muro. Não igual a um pitbull, nem semelhante a um cão raivoso, mas como uma cadelinha amorosa, com pelagem cor de mel, de olhos castanhos com sua volta preta, como se estivesse utilizando lápis de contorno de olhos, transformando meu uniforme limpo em um mar vermelho de lama.


Pulei o muro do meu Vale da Lua, meu mundo encantado de todos dos dias. O lugar onde vivo, o lugar onde quero estar. Lar, doce lar!

Gabrielly Cristina Santos de Oliveira (9C)
Profª Cristiane Villanueva

4) Um dia na praça



Estava sentada no banco da praça da Matriz, quando vejo várias crianças se divertindo, correndo atrás de pombos; um grupo de meninas e meninos roqueiros, sentados no palco, contando sobre suas músicas de rock preferidas; vejo pessoas tomando café no Café Canção; crianças chamando seus pais para se refrescar no Palácio do Sorvete; namorados trocando carinhos, adolescentes trocando olhares. É realmente tudo lindo.

Depois de um tempo, vejo homens montando um cenário com várias caixas de som e diversos instrumentos, para avisar que o show vai começar.

Pessoas vão se aproximando ao ouvirem as batidas e, muito curiosa me aproximo da multidão e acabo me contagiando com todas as pessoas e começo a dançar.

Depois de algumas horas de muita animação, procuro um modo de me refrescar. Há algo melhor que um sorvete? É obvio que não, então vou ao Palácio do Sorvete e me deparou com diversos sabores... a maior dúvida agora é qual escolher, e acabo escolhendo uma casquinha de napolitano.

A sorveteria, muito bem apresentável, é um ótimo ponto de encontro com os amigos.

Não satisfeita, peço mais uma casquinha e me espanto com a rapidez das sorveteiras. Depois de duas casquinhas, fico satisfeita.

Sinto meu celular vibrar. A hora de ir embora chegou.

Depois de um maravilhoso dia na praça, chego em casa e conto para os meus pais como foi o meu magnífico dia na praça.


Giovanna Valente de Souza (9C)
Profª Cristiane Villanueva

3) Vida Pacata



Moro em Tatuí, onde a vida é pacata e até agradável. Digo agradável apenas por educação (o que realmente passa por minha cabeça é diferente).

Minha cidade é desprovida de tudo quanto há. Se quero um estudo de qualidade, lá vou eu para uma cidade vizinha; se preciso de dinheiro, cavo o chão à procura de outro, já que os bancos estão em petição de miséria.

Um dia, precisei de médico, mas até mesmo a doença resolveu curar-se de livre e espontânea vontade, pois não aguentou esperar pela boa vontade do serviço hospitalar.

Mesmo sendo uma cidade do interior de São Paulo, ela deveria ter um pouco mais de infraestrutura. Até mesmo as casas não são do agrado de ninguém. Culpo a prefeitura.

Se, por acaso, pensar em me formar, terei que ir para fora também. Faculdade é um item que falta até no dicionário.

Gostaria de trabalhar como escritora, mas os cursos oferecidos pela minha cidade não se encaixam nos requisitos mínimos.
No final, não tempos ensinos qualificados, hospitais com bons atendimentos; se você pensa que apesar de tudo é um local divertido, desculpe estregar a festa, mas nem mesmo uma área de lazer temos. Afinal, isso é uma cidade ou um buraco?

Portanto, posso concluir, e você também, que o local onde eu vivo é horrível e que contrasta muito com o “agradável” que coloquei no início, mas por alguma razão estranha e sem nenhum nexo, nutro uma relação de afeto por minha cidade.


Morro de vontade de sair dela, mas sentiria saudade se o fizesse!

Juliana Cardoso Soares (9C)
Profª Cristiane Villanueva

2) Histórias de uma praça



Seis e quarenta e cinco estava ele, mais uma vez, fazendo seus exercícios matinais, se apoiando em duas barras de ferro, mexendo ora suas pernas, ora seus braços de uma forma incansável. Imagino que não só eu, mas também qualquer jovem que ali passasse sentiria inveja de sua disposição e persistência, beirando seus 80 anos.

O lugar onde esse ser habita pelas manhãs é a Praça das Mangueiras. Famosa por suas lindas árvores carregadas de lembranças e de suas mangas suculentas, pedindo atenção de seus visitantes.

Esses visitantes, em sua maioria, se dirigem àquele local para fazer suas caminhadas matinais e noturnas, enquanto o tempo ainda está fresco e agradável para darem várias voltas ao redor da praça, em busca de uma vida saudável e, é claro, que com aquele velhinho não é diferente.

Tenho total gratidão por ele, pois logo pela manhã, irritada por aquela rotina tão banal de sempre, ele, sem ao menos perceber, me traz um ar de humor com todos aqueles exercícios um tanto quanto “bizarros”.


Não posso deixar de falar também, que admiro o convívio entre o homem e a praça. Classifico como gentil e suave, a praça com todos os seus encantos não precisava daquela presença, mas, optou em acolhê-lo e deixa-lo ter seu lugar ao lado dela.

Bruna Laís P. da Silva (9ºD)
Profª Cristiane Villanueva

1) A moça e o cachorro



Estou eu sentada em um banco na praça da Matriz. Em meu colo há meu pequeno caderno, onde todos os meus sonhos e desejos estão anotados. Estou ouvindo um bom rock, observando as pessoas andarem para lá e para cá, como se fossem formigas que carregam seus mantimentos para um grande formigueiro. Também estou sendo observada, o que me incomoda um pouco, já que sou tímida.

O dia está lindo, o sol está brilhando tivesse acabado de ser limpo, as árvores balançam e uma brisa bate em meu rosto. Pipoqueiros vendem suas pipocas, senhores leem o jornal do dia, senhoras fofocam sobre algo e adolescentes apaixonados se amam em um banco.

Observo tudo e acho um ponto para escrever. Um ponto não. Um cachorro. Um vira-latas, tamanho médio e meio amarelo. Ele anda de um lado a outro, com seu rabinho balançando no ar, igual a um garoto que brinca com o seu aviãozinho.

Ele entra na sorveteria. Tenho vontade de segui-lo para ver o que ele irá apronta lá dentro. Então eu imagino: talvez ele esteja rondando por lá com a expressão “me dá algo para comer”. Ou talvez esteja pedindo carinho para as crianças e elas o fazem mesmo com seus pais dizendo: “Esse cachorro deve estar cheio de doenças. Não o toque!”. Mas tenho certeza de que elas não ouvirão.

Eu o vejo saindo. Em sua boca há uma casquinha de sorvete, ela come velozmente, e se sente satisfeito.

O cachorro sobre no chafariz, passa a beber água, e como o chafariz estava ativado, pequenas gotas espirravam no cão, que lambia suas partes íntimas. Todos o observavam... um diziam que queriam levá-lo para casa, outros diziam o quanto ele era fofo.

Uma mulher com mais ou menos seus 20 anos, se aproxima do cachorro com um ar brincalhão, todos a observam com atenção, principalmente eu. Então ela o empurra para dentro do chafariz. Todos dão risadas. O cachorro leva um baita susto, parecia que ele tinha visto um fantasma.

Ele tenta, inutilmente, sair do chafariz. Tenta, tenta, tenta e, na quarta vez, consegue sair. Dispara em direção à rua. Eu o observo atentamente, torço para que nada aconteça àquele pobre animal. Nada acontece e suspiro aliviada.

Vejo minha mãe se aproximando, fecho meu caderno e vou em direção a ela, fico com aquela cena em minha cabeça, imaginando onde aquele cachorro estaria.


Rebeca Aparecida O. Camargo (9C)
Profª Cristiane Villanueva