Quando você ouve o nome “Vale da Lua”, imagina um lindo
campo com flores perfumadas, como violetas e gardênias. Animais como coelhinhos
fofos, esquilos e gatinhos inofensivos, como leões, gueopardos e talvez onças. Com
noites belas, estreladas e com cheiro de floresta, com uma lua cheia enorme e
brilhante como a prata.
Adoraria que fosse desse jeito, mas não é desse vale que
estou falando.
O Vale da Lua fica em um lugar calmo, não muito movimentado,
aos arredores de cerâmicas, com um silêncio profundo nas manhãs escuras e
frias. Vejo trabalhadores cansados e esforçados. Subindo e descendo com suas
bicicletas, com quase a mesma idade de seu dono.
Falando em Tatuí, ou melhor, do Vale da Lua, lembrei de um
fato ocorrido em um momento nada oportuno, mas um fato com toque de humor.
Eu já estava a ponto de perder o ônibus, apressada, fui pelo
terreno barroso e escorregadio, manhã fria e pálida. De uma forma veloz,
caminhei até o portão de madeira improvisado, e percebi que o havia trancado
por engano.
Entrei rapidamente para procurar a chave em meio a um
labirinto de móveis e objetos. Como a ampulheta do tempo havia se esgotado,
resolvi pular o muro. Minha cadela de estimação, a Elizabette, resolveu pular
em mim na metade do caminho até o muro. Não igual a um pitbull, nem semelhante a
um cão raivoso, mas como uma cadelinha amorosa, com pelagem cor de mel, de
olhos castanhos com sua volta preta, como se estivesse utilizando lápis de contorno
de olhos, transformando meu uniforme limpo em um mar vermelho de lama.
Pulei o muro do meu Vale da Lua, meu mundo encantado de
todos dos dias. O lugar onde vivo, o lugar onde quero estar. Lar, doce lar!
Gabrielly Cristina Santos de Oliveira (9C)
Profª Cristiane Villanueva
Profª Cristiane Villanueva
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