Julia Lopes de Camargo 7ºA
Profª Amanda Giovanelli
Estas memórias se passam no ano de 1984, em São Bernardo do
Campo – SP.
Era uma época em que não havia internet, as relações eram
mais pessoais, ao vivo.
Época em que os adolescentes como Marcelo, protagonista
desta narrativa, fazia bailinho na garagem de casa só para dançar coladinho com
aquela garota especial! Os namoros eram inocentes! Davam-se mais devagar, um
beijo, um abraço, aperto de mãos, andar de mãos dadas... Já servia para sonhar
à noite!
Jogava – se queimada na rua, soltava-se pipa, pulava-se
sela... a vida e as brincadeiras aconteciam ali, na rua de casa, reunindo-se
com a galera! “Cair no poço” era uma brincadeira emocionante! Quem sabe poderia
se ter sorte e cair com a menina desejada?!
Os passeios eram mais ao ar livre e em família: piqueniques,
idas ao zoológico, praia, casa de parentes...
Mas vamos ao fato que mudou a vida de Marcelo, nosso
herói...
Em 1984, Marcelo tinha 14 anos e, como os adolescentes da
época, era muito “rueiro”. Os pais trabalhavam fora e Marcelo tinha muito tempo
para ser livre e nisso, aprontava muito, frequentava lugares divertidos, saia
muito e seus pais nem se davam conta...
Quase todas as tardes, Marcelo e sua turma tornavam o ônibus
rumo ao bairro Riacho Grande, cerca de 15 km da residência onde morava e lá se
divertia com os companheiros numa represa!
Para isto, levavam muitos apetrechos: duas boias de caminhão
(câmaras de ar) cheias (imagina o transtorno que causavam aos passageiros) e,
claro, o cachorro de Marcelo, Rocky.
No passeio, ninguém tinha dinheiro para a alimentação, mas
Rocky era muito inteligente e treinado. Com atitudes como: buscar chinelos
dentro da represa, deitar, rolar, fingir - se de morto etc. Conquistava grande
público e as pessoas que faziam churrasco à beira da represa assistiam ao
“espetáculo” e o alimentavam. Enquanto isso os jovens passavam fome!
Certa vez, num desses passeios furtivos, Marcelo mergulhou
de cabeça e quando saiu da água, notou que havia perdido o short e estava
apenas de cueca! A cueca da época tinha duas fendas de ventilação na frente, a
famosa zorba.
Imagina que um adolescente iria embora nestes trajes e do
ônibus?!
Que remédio! O único jeito foi ligar para a mãe vir lhe
buscar!
Ao saber destas saídas clandestinas, a mãe de Marcelo tomou
medidas drásticas! Pediu ao avô que tomasse conta do garoto e controlasse as
saídas!
Deste dia em diante foi muito difícil aprontar de novo! O
avô ficou no pé de Marcelo que nem chulé!
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