Maísa
Cavalcante Sales 7º B
Profª Amanda Giovanelli
O ano de 1949
começou muito bem para Francisca Cavalcante. Era uma época em que se contentava
com pouco. Uma simples festa de aniversário já era tudo! Ainda mais uma festa
de 15 anos! Não era pouca coisa!
“Assim, no
dia primeiro de janeiro de 1949, minha mãe, Antonia, presenteou-se com uma
festa dos sonhos: eram meus 15 anos, tão sonhados, eu era uma mocinha!”
Nesta época
morávamos em Tauá, uma cidadezinha do Ceará. Ainda não tinha muito
desenvolvimento como hoje. Vivíamos num vilarejo comum, sem asfalto, rico em
natureza.
Perto de casa
passava um rio! Era a diversão da molecada! Nossa praia particular! Eu ia lá só
para olhar, atirar pedrinhas no rio e me balançar nos balanços improvisados de
pneus que eram pendurados nas árvores. Eu morria de medo do rio! Não sabia
nadar! Nem molhava o dedinho do pé lá! Parece que aquela imensidão de água
poderia me engolir a qualquer momento!
Enfim, o rio
sempre tem um papel na nossa história, afinal, pois é cheio de vida, nos
abastece!
As grandes
civilizações sempre começaram às margens dos rios: Egito no rio Nilo. Roma no
rio Tigre, e conosco não foi diferente.
Por que falar
tanto do rio? Ele tem papel principal nesta história! Ele é o protagonista! Ou
seria eu a protagonista e ele o antagonista?
O fato é que
eu tinha duas melhores amigas: Elizabete e Bruna.
Quando contei
a novidade para elas, Elizabete se alegrou e já começou a pensar no presente.
Mas Bruna fez cara de quem comeu e não gostou. Acho que sentiu inveja, sei
lá...
O dia tão
esperado chegou! Logo pela manhã, mamãe se aplicava e virava em mil com os
preparativos! Bruna me chamou e revelou: ‘Vamos Francisca, lá perto do rio
comigo, quero dar seu presente adiantado!’
Eu tinha
pavor daquele rio! Mas Bruna era minha amiga e eu confiava nela! Chegamos lá e
ela me pediu para chegar bem perto e fechar os olhos, ao que obedeci
prontamente!
O que Bruna
fez comigo, vocês já devem imaginar... Jogou-me no rio! Quase morri, mais pelo
susto do que pelo afogamento! Eu me debatia desesperada e a Bruna, ali, só me
olhando, ela sabia nadar! Será que pensou que eu mentia que não sabia?!
Mas Deus
estava comigo e um vizinho, vendo aquilo, mandou chamar o Corpo de Bombeiros,
enquanto me tirava do rio.
Foi um corre,
corre! Mas fui salva e estou aqui para contar a história.
Bruna? Ela
não compareceu ao meu aniversário, pois estava de castigo, perdeu a maior
festança!
Na juventude
somos muito inconsequentes, achamos que nunca vamos morrer! Ainda não sei o que
Bruna pensou... Mas, no dia seguinte, ela foi à minha casa se desculpar e me
deu um lindo kit de maquiagem! Tive que perdoá-la!
Tirei uma
lição para a minha vida desta história: os saberes são necessários, os medos
têm de ser enfrentados! Devemos saber defender a nossa vida. Então, se me
pedirem um conselho útil, eu digo: aprendam a nadar!
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